Exposição de Paulo Mendes no Teatro Aveirense
Data publicação — 19 Junho 2024
No próximo dia 20 de junho, às 18h00, é inaugurada uma exposição em torno da exploração mineira em Portugal. Trata-se de uma instalação de vídeo e som criada pelo artista plástico e curador Paulo Mendes, especificamente para Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura, e que poderá ser visitada no Teatro Aveirense, gratuitamente, até 31 de julho.
Para a exposição, Paulo Mendes teve como ponto de partida a década de 1940 em Portugal e a exploração mineira no país, com particular incidência no volfrâmio, um mineral utilizado para a produção de aço e outros materiais metálicos essenciais para a produção de armamento durante a II Guerra Mundial.
A instalação alude também à posição diplomática de Salazar neste período – entre uma aparente neutralidade e a negociação de minérios com alemães e aliados –, bem como o discurso paternalista e a iconografia propagandística do Estado Novo, que celebravam o trabalho e a submissão a um regime ditatorial como virtudes sociais. O título deste trabalho, “…depois de pulsar mais uma vez com os sentidos todos a terra em redondo”, apropria-se de uma frase do romance Volfrâmio, de Aquilino Ribeiro, publicado em 1943.
A mostra é ainda acompanhada de uma publicação em formato de jornal – numerada e assinada por Paulo Mendes –, que é dada aos visitantes como complemento da instalação. Nesta obra constam não só citações de autores como Jacques Rancière, Jonathan Crary e Émile Zola, entre outros, mas também imagens diversas, algumas provindas do jornal O Pejão, produzido na década de 1950 pela empresa Carbonífera do Douro, que administrava as Minas do Pejão, situadas no distrito de Aveiro.
Para a exposição, Paulo Mendes teve como ponto de partida a década de 1940 em Portugal e a exploração mineira no país, com particular incidência no volfrâmio, um mineral utilizado para a produção de aço e outros materiais metálicos essenciais para a produção de armamento durante a II Guerra Mundial.
A instalação alude também à posição diplomática de Salazar neste período – entre uma aparente neutralidade e a negociação de minérios com alemães e aliados –, bem como o discurso paternalista e a iconografia propagandística do Estado Novo, que celebravam o trabalho e a submissão a um regime ditatorial como virtudes sociais. O título deste trabalho, “…depois de pulsar mais uma vez com os sentidos todos a terra em redondo”, apropria-se de uma frase do romance Volfrâmio, de Aquilino Ribeiro, publicado em 1943.
A mostra é ainda acompanhada de uma publicação em formato de jornal – numerada e assinada por Paulo Mendes –, que é dada aos visitantes como complemento da instalação. Nesta obra constam não só citações de autores como Jacques Rancière, Jonathan Crary e Émile Zola, entre outros, mas também imagens diversas, algumas provindas do jornal O Pejão, produzido na década de 1950 pela empresa Carbonífera do Douro, que administrava as Minas do Pejão, situadas no distrito de Aveiro.